O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento neuropsicomotor caracterizada por dificuldades de interação e comunicação social, alterações comportamentais, padrões esteriotipados e repetitivos, além de desenvolvimento intelectual irregular.
A etiologia do TEA ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias durante a gestação são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.
Alguns sinais e sintomas podem aparecer já nos primeiros meses de vida, porém muitas vezes tornam-se mais evidentes por volta de 2-3 anos, quando geralmente é feito o diagnóstico.
Em muitos casos, a criança não apresenta sorriso social, tem pouco contato ocular, demonstra pouco interesse por objetos e pessoas, não balbucia, tem atrasos na linguagem e na marcha, além da redução ou perda de outras habilidades. O toque e a verbalização diminuída ou ausente podem ainda ser sintomas comuns na criança com autismo. Irritabilidade, agressividade e agitação são frequentes e podem estar presentes em diferentes intensidades.
O diagnóstico é baseado na história clínica detalhada do desenvolvimento, sintomas da criança e no acompanhamento e observação ao longo do tempo e das fases do desenvolvimento.
O tratamento consiste em intervenções multidisciplinares de acordo com a necessidade individual com Neurologista, Psiquiatra, Pediatra, fisioterapeuta, fonoaudiológico, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogos e nutricionista, visando melhorias comportamentais e no desenvolvimento, além de apoio educacional na idade mais precoce possível, facilitando a interação social e a qualidade de vida do paciente e seus familiares.