
Os distúrbios do sono, dentre eles a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), impactam significativamente na qualidade de vida das pessoas, além de serem importantes fatores de risco para doenças crônicas metabólicas, emocionais, cardiovasculares e neurodegenerativas.
A SAOS é o tipo mais comum de apneia do sono, constituindo em torno de 80% dos diagnósticos de apneia. É caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial (hipopneia) ou total (apneia) das vias respiratórias superiores durante o sono, reduzindo o fluxo de ar para os pulmões e consequentemente a oxigenação sanguínea.
Os principais fatores associados a SAOS são obesidade, sexo masculino, obstruções nasais (pólipos, desvio de septo) e em orofaringe (aumento das amígdalas), anomalias craniofaciais ou distúrbios endocrinológicos.
O paciente apresenta roncos e pausas respiratórias durante o sono, com quedas nos níveis de oxigênio do sangue e acúmulo de gás carbônico. Como consequência da má qualidade do sono vem a fadiga, sonolência diurna, cansaço, dor de cabeça e sensação de sono não reparador. Sintomas como dificuldade de memória, concentração e raciocínio são comuns nos pacientes, até mesmo transtorno depressivo e ganho de peso excessivo.
A suspeita é clínica e o diagnóstico é feito com um exame que avalia diversos parâmetros do sono, chamado polissonografia. Como tratamento indica-se um aparelho chamado CPAP – do inglês, “pressão positiva contínua nas vias aéreas” - o qual trata-se de uma máscara que permite que o ar entre nas vias aéreas do paciente com maior pressão e restabeleça a oxigenação sanguínea adequadamente, melhorando a qualidade do sono e reduzindo o risco cardiovascular. Em alguns casos, quando determinadas alterações anatômicas, avalia-se cirurgia.
