A depressão é um transtorno mental que afeta quase 10% da população mundial, mais comum em mulheres e etiologia não totalmente conhecida. Acredita-se no envolvimento multifatorial, com componente genético, alterações nos níveis de alguns neurotransmissores, desregulação neuroendócrina e fatores psicossociais.
O diagnóstico baseia-se na história clínica caracterizada por tristeza profunda e persistente, suficientes para interferir no funcionamento do indivíduo e, muitas vezes, diminuir o interesse ou prazer nas atividades diárias por um tempo considerável.
Outros sintomas podem estar presentes como apatia, perda do interesse por atividades anteriormente consideradas prazerosas, dificuldade de concentração, atenção e memória, insônia, irritabilidade, sensação de fadiga ou falta de energia, baixa autoestima, pensamentos de ruína, e até alterações do apetite.
É uma doença muitas vezes silenciosa, mas com impacto considerável social e profissional, prejudicando as relações e a capacidade de desenvolvimento de tarefas simples, além de agravar outras comorbidades como as doenças cardiovasculares.
O tratamento consiste em medicamentos, psicoterapia, mudança do estilo de vida e, algumas vezes, eletroconvulsoterapia ou estimulação magnética transcraniana rápida (EMTr).