A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica, progressiva e autoimune. Isso significa que as células de defesa do nosso corpo atacam a camada protetora que envolve os neurônios chamada mielina, dificultando a transmissão dos impulsos que levam “mensagens” e comandos para o resto do corpo, causando lesões no cérebro, retina e na medula. Tal processo é chamado de desmielinização.
Acomete cerca de 15 casos por 100.000 habitantes, a maioria jovens, mulheres e brancas, com diagnóstico geralmente entre 20 e 40 anos.
Os fatores de risco incluem genética, infecções virais, baixa exposição solar com redução dos índices de vitamina D, exposição a solventes orgânicos, tabagismo, obesidade, entre outros.
Os sintomas variam de acordo com o local de acometimento das lesões, sendo os principais, alterações da sensibilidade (formigamentos, dormências, anestesias), força (redução ou perda de força nas pernas, em um lado do corpo) e da visão (redução, embaçamento visual, visão dupla).
Outros sintomas incluem fadiga, alterações esfincterianas (retenção ou incontinência urinária / fecal), transtornos de humor (ansiedade, depressão), alterações do equilíbrio e outros.
Existem subtipos de EM, o mais comum é chamado de Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR) que atinge 85% dos casos e caracteriza-se por períodos de piora, em surtos, e outros de melhora, chamadas de remissão.
O diagnóstico é feito por avaliação clínica associada a alguns exames complementares como ressonância magnética de crânio e coluna, líquor e outros exames laboratoriais.
O pilar do tratamento consiste na administração de medicamentos imunossupressores com o intuito de reduzir a atividade autoimune e consequentemente os surtos e sequelas.